15 de fev. de 2009

Oliviero Toscani quis fotografar Eluana Englaro

Com dados da agência EFE.

O controverso fotógrafo e publicitário italiano Oliviero Toscani quis fotografar Eluana Englaro, italiana que morreu após 17 anos em coma, porque é preciso documentar essa realidade que, graças à tecnologia, mantém os mortos "entubados nos hospitais", diz, em entrevista publicada hoje pelo jornal "La Repubblica".

Toscani, conhecido por suas campanhas publicitárias para a marca italiana Benetton, afirma que o pai de Eluana, Giuseppe Englaro, errou em sua "estratégia de comunicação" por ter divulgado uma foto da filha antes do acidente, e também nega ter oferecido dinheiro para fotografá-la.

As imagens divulgadas pela família de Eluana mostravam uma jovem de 21 anos sorrindo, mas a mulher morreu com 38 anos e atingida pelas consequências de seu prolongado estado vegetativo.

Toscani acredita que era necessário ver "como ela tinha se transformado", já que a foto divulgada pela imprensa era uma "instrumentalização".

Segundo ele, é como se se mostrassem fotos dos judeus de Auschwitz "antes da entrada nos campos de concentração".

O publicitário diz que foi comunicado um "equívoco" à opinião pública com a publicação dessa fotografia, que fez com que muita gente achasse que Eluana era "ainda essa bela menina cheia de vida".

Eluana morreu na segunda-feira passada, três dias depois que ter a alimentação e a hidratação interrompidas, uma decisão autorizada pela Corte Suprema italiana, mas rejeitada pelo Governo do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi.

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Saul Leiter e a sensação das cores


Foto: Saul Leiter

O AutoFoco dá espaço a mais um Colaborador: Camilo Soares, fotógrafo de cinema, professor da UFPE e a partir de agora, co-blogueiro do AutoFoco! O texto abaixo é parte de um ensaio que Camilo escreveu para a revista Continente Multicultural sobre Saul Leiter, fotógrafo conhecido por seu trabalho publicitário e de moda, que, aos 85 anos alcança prestígio no meio artístico internacional.

“Talvez eu não tivesse a personalidade para ser um artista conhecido”. Assim o fotógrafo Saul Leiter ensaia uma justificativa sobre o quase ineditismo de seu trabalho pessoal durante décadas. Acha até engraçado ter respaldo internacional hoje, aos 85 anos, somando duas grandes exposições em Paris somente em 2008, na Fundação Henri Cartier-Bresson, e na galeria Camera Obscura. Leiter, que fez toda a sua carreira na fotografia de moda, não estava acostumado com a bajulação do mundo das artes. Entretanto, seus clichês coloridos capturados entre 1948 e 1963 causam, hoje, turbulências em olhares desavisados e por muito acostumados com o equilíbrio clássico da fotografia em preto-e-branco da época. Os enquadramentos inusitados e a força expressiva de seus tons compensam hoje o esquecimento histórico, elevando o fotógrafo, para alguns críticos, a um lugar entre os grandes mestres dessa expressão.

Não é que a ambição artística faltava para esse norte-americano de Pittsburgh, filho de um rabino célebre, visto que deixou os estudos de teologia, que seguia com brilho, para tentar a carreira de pintor em Nova York. Logo se enturmou com a segunda geração dos expressionistas-abstratos, e sob influência do pintor Richard Poussette-Dart, obteve uma primeira máquina fotográfica Leica, passando a flanar nas ruas da grande metrópole atrás de momentos fugidios.

Começou com o preto-e-branco, influenciado por uma exposição de Cartier-Bresson que lhe revelara que fotografia poderia ser arte, até que decidiu comprar um rolo de película em cores para ver o que dava e gostou do que deu. Gostou muito. Mesmo sendo a fotografia em cores considerada indigna de pretensões artísticas na época, Leiter decidiu mergulhar de cabeça nessa pesquisa estética, em busca da imagem efêmera de uma cidade em mutação, como numa mulher adivinhada nos tantos espelhos arranhados sob um muro de bar. Ela cruza a calçada, evanescente qual passante de Baudelaire, surgida em “Um raio... então a noite! – Fugitiva beleza cujo olhar me fez repentinamente renascer, não mais te verei antes da eternidade?”.

Uma certa melancolia poética desbota sua palheta de tons fortes e densos; cores, no entanto, que transcendem a inexorabilidade de seu espaço, desprendendo-se do tempo no que se deixam, como na linha famosa de Pena Filho, “entrar no acaso e amar o transitório”. Não à-toa busca lascas de sensações apontando sua lente em direção de velhos espelhos, vidraças embaçadas, frestas de portas: “Tenho um grande respeito pela desordem, pelo inacabado”, confessa o próprio fotógrafo para a curadora Agnès Sire, da exposição na Fundação Henri Cartier-Bresson.

Sempre apegado à pintura, que nunca abandonou, Leiter também aplica na fotografia suas influências pictóricas, Pierre Bonnard e Édouard Vuillard como referências mais marcantes. São pintores da escola Nabis, movimento francês do final do século 19, que utilizou cores vivas e puras para se libertar da obrigação imitativa da pintura e criar lógica e simbologia próprias à sua arte. Além do delicado trabalho com as cores primárias, o fotógrafo também bebe da fonte de Bonnard e Vuillard quanto à composição do espaço, influenciada pelas estampas japonesas, com figuras cortadas por enquadramentos, abrindo as portas para o subjetivismo do não visto.

Leiter não hesita em deixar a figura humana fora de seu quadro, quando, por exemplo, o que lhe interessa é o vermelho do guarda-chuva no meio da neve. Trabalha assim o vazio, também caro à estética oriental. Põe com delicadeza um semáforo verde no meio de uma cidade descolorida pela neve. São tais enquadramentos frustrantes que, segundo Pascal Bonitzer, introduzem na imagem um suspense não narrativo. O vazio, o fora de quadro, o achatamento do sujeito favorecem uma situação estritamente espacial de impor uma percepção múltipla de tempo, o que nos afasta de uma leitura puramente factual. Leiter possui também uma visível preferência por enquadramentos verticais, que no formato 35mm obrigam a uma leitura estreita, em profundidade, em detrimento de uma leitura lateral (horizontal) de ordem narrativa.

Leia a matéria na íntegra na edição 98 da Revista Continente Multicultural.

Enviado por Camilo Soares.

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13 de fev. de 2009

WPP 2009: Brasileiro Luiz Vasconcelos ganha primeiro prêmio na categoria notícias gerais


Foto: Luiz Vasconcelos/A Crítica/Zuma Press


Foi anunciado hoje à tarde na Holanda (manhã no Brasil) o resultado dos ganhadores 2009 do World Press Photo.

A foto ganhadora do primeiro lugar na categoria "Notícias Gerais" , é de autoria do brasileiro Luiz Vasconcelos, do jornal "A Crítica", de Manaus. A imagem mostra uma mulher tentando impedir o despejo de seu povoado, dia 10 de março de 2008.

Anthony Suau, norte americano, conquistou a premiação principal, com a melhor Foto do Ano. Outros fotógrafos brasileiros fizeram bonito: Eraldo Peres levou uma "menção honrosa" na categoria cotidiano e André Vieira ficou em terceiro lugar na categoria Artes e entretenimento.


Foto: Anthony Suau, USA, for Time

A foto de Suau, em preto e branco, é de um agente armado no estado de Ohio, nos Estados Unidos, que revista a casa de uma família pobre.

A presidente do júri, Mary Anne Golon, explicou que a imagem representa "o tema mais importante hoje em dia, que são os golpes da economia em escala mundial".

Segundo Goldon, "a maioria dos membros do júri considerou a imagem aterrorizadora, porque parece uma foto de guerra (..), mas se trata de gente que simplesmente não conseguiu pagar suas contas, ficou desesperançada e, por isso, está sendo atacada".

O prêmio principal desta edição do maior evento de fotojornalismo do mundo está dotado de dez mil euros e será entregue em cerimônia em Amsterdã em 2 de maio.

confira a galeria oficial: show de fotojornalismo!
veja lista dos vencedores.

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3 de fev. de 2009

As melhores de 2009. Já??? Já!!!



(Foto: Fernando Llano-AP).


Quem acompanhou o fim de ano passado, viu a correria de diversos veículos, agências, jornais em divulgarem as melhores fotos do ano.

Pois bem, a mania pegou tanto que já tem quem esteja elegendo as melhores de 2009! claro que aos poucos. Exemplo? Tá no site do Washington Post: as 10 melhores fotos de esportes do início desse ano. São imagens que registram momentos interessantes, como essa trombada entre os jogadores da Seleção da Colombia e da Venezuela durante o Campeonato Sul-Americano Sub-20 de futebol.

Post enviado por João Guilherme Peixoto.

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One in 8 million


(Foto: Todd Heisler/The New York Times)

O Homem mais alto de Nova Iorque tem um sorriso irônico, é extremamente inteligente e tem um senso de humor cáustico. “Nova Iorque”, reflete ele, “é uma cidade movimentada e interessante. Cada dia é um novo desafio – mais um passo para se adquirir uma úlcera. Nesta cidade a gente está sempre esperando o telefonema de algum filho-da-puta – e ele não liga”.
(Gay Talese. Fama e Anonimato).

One in 8 million. Esse é o nome do mais novo projeto do The New York Times em sua versão online. Por ele, podemos conhecer o cotidiano de alguns personagens que vivem, trabalham ou simplesmente transitam pela cidade de Nova Iorque, esse caldeirão cultural em constante ebulição. São farmacêuticos, músicos, ciclistas, todos eles fotografados pela lente do fotógrafo Todd Heisler, que deu vida e magia a alguns desse seres quase que místicos, intocados.
Vale muito a pena dar uma conferida no ensaio.

Já são seis as histórias publicadas da série. De acordo com o texto que abre o projeto, a atualização é semanal. A última foi do dia 29 de janeiro. O tocante no projeto é conseguir extrair imagens belíssimas de simples pessoas estranhas. A verdade está lá fora e o extraordinário está ao alcance.

Fica a dica.

Post enviado por João Guilherme Peixoto.

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2 de fev. de 2009

São Paulo: 4ª Mostra Anual de Fotojornalismo, em cartaz no Espaço Cultural Conjunto Nacional.


Serra limpa o salão, no salão do automóvel. Foto: André Lessa/AE.


Imperdível: as cenas jornalísticas que além de informar agregam valor estético e que impressionaram a esfera pública em 2008, estão em cartaz na exposição FotoContexto 2008 - 4ª Mostra Anual de Fotojornalismo, em cartaz no Espaço Cultural Conjunto Nacional, em São Paulo.

Promovida pela ARFOC-SP (Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos no Estado de São Paulo), a mostra tem 82 imagens captadas por 62 fotojornalistas. A mostra, com painéis de tamanho 40 cm x 60 cm, vai até o dia 20 e tem entrada franca.

O portal UOL disponibiliza galeria com todas as imagens.

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Ainda a posse de Obama: Elliot Erwitt à solta. entrevista à PDN : confira.


Foto: Elliott Erwitt/ Magnum para a Newsweek

Juro que depois dessa não falo mais da posse do Obama! Mas é que, neste caso, o precedente justifica a exceção.

Está no site da Photo district News, a entrevista do renomado fotógrafo Elliott Erwitt dando suas impressões sobre a cobertura da posse de Barack Obama. Vale o testemunho de um fotógrafo experiente, consagrado e lendário, que, a despeito do lugar que ocupa no mundo da fotografia, demonstra ter se envolvido muito no trabalho de cobrir a posse. E olha que ele, com mais de 80 anos, já esteve em pelo menos cinco outras posses. Nesta empreitada, Erwitt estava trabalhando para a Newsweek, que já publicou um slideshow.

Fizemos um esforço de tradução livre, para permitir o acesso a este importante depoimento. desde já, nos desculpamos de todas imprecisões que, inevitavelmente, aparecem em qualquer tradução. Tradutor, traidor! Para os anglófilos, vale confeir o texto original.

Para ler e ver junto com o ensaio da Magnum sobre a posse.
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P: Qual era a sua estratégia para cobrir a posse?

EE: Manter-me aquecido, eu acho, era meu plano. Fazia muito frio e acho que falhei nisso.

P: Você esteve dois dias em dois lugares diferentes. O que você procurava?

EE: Especificamente, eu tinha um olho nos eventos da posse oficial e tinha uma credencial para um dos bailes. Isso eram coisas oficiais. O resto foi ficar andando, fazendo fotos das pessoas e da atmosfera.

P: O que você achou?

EE: Eu tenho algumas idéias. O evento, claro, foi extraordinário. Muita emoção, a despeito da marcação cerrada da polícia e as dificuldades de se locomover e do frio. Havia um monte de coisas desagradáveis, mas o evento em si foi extraordinário e eu estava tendo prazer de estar lá para testemunhar.

P: Isso não deixou as pessoas de mau-humor?

EE: Foi uma coisa maravilhosa. Pessoalmente, eu tinha que estar na minha posição às 5 da manhã. Isso significa esperar em um espaço pequeno das 5 da manhã até 11:30, quando a coisa começou, mais 1 hora e meia para o evento em si. Assim, são quase oito horas em um frio congelante. Não é um modo prazeiroso de passar o tempo. Mas era um problema de todo mundo, e não só meu. Acho que a organização não pode ter ajudado mais devido a aspectos da segurança.

P: Lhe parece que assim foi, de algum modo, diferentes de outras posses?

EE: A despeito do desconforto e tudo o mais, no momento da cerimônia, você não tinha como ajudar ou ser ajudado, mas foi absolutamente tocante. Foi um momento muito emocionante e tenho certeza que foi o mesmo para todos, mesmo sabendo das dificudades, aquilo valeu à pena.

P: Você tem uma foto, em um dos bailes que parece ter pelo menos cem pessoas levantando cameras para fazer fotos. O que você pensa sobre isso?

EE: Todo mundo mais o tio tem uma camera! Todo mundo está fazendo fotos. Mesmo esperando durante a posse, as pessos estavam fazendo fotos. É realmente extraordinário. Hoje, nenhum evento deixa de ser coberto.

P: Há várias maneiras de perceber esse desenvolvimento. Você acha isso uma coisa positiva, ou você acha que as pessoas talvez estejam esquecendo de viver o momento um pouco mais para passar o tempo fotografando?

EE: Eu acho que é um pouco mais do que necessário as pessoas bricarem com seus instrumentos. Mas, eu não sei... Como lembrança do evento, pode ajudar. você só quer saber que esteve lá. É o tipo de prova que você de fato existe. Desse ponto de vista, acho válido.

P: Algo a mais que você gostaria de adicionar sobre estar em Washington naquele dia?

EE: Não coma na estação de trem. Especialmente não queira o hamburguer de bisão!

P: Isso soa como: você teve uma viagem dura. Frio, dificuldade de locomoção, comida ruim...

EE: Sim, mas tudo valeu a pena.

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Clicio Barroso reformula blog e muda endereço



Clicio Barroso "são" muitos. É fotógrafo profissional, professor de tecnologia digital, consultor da Adobe, consultor do Senac SP, presidente da Associação de Fotógrafos Fototech e publica o podcast Lightroom Dicas. É membro da National Association of Photoshop Professionals e publicou recentemente: “Adobe Photoshop: Os Dez Fundamentos”, “Adobe Lightroom: Guia Completo para Fotógrafos Digitais”.

Em meio a tanto, Clicio reformulou o blog e mudou o endereço. Apontem seus navegadores para <http://clicio.wordpress.com/>.

Focado em fotografia, photoshop e lightroom, o blog disponibiliza ainda o podcast - em vídeo - sobre lightroom. Gratuito, de qualidade e generoso.

Acompanhem. É conteúdo qualificado.

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1 de fev. de 2009

Demotix e Financial Times realizam concurso fotográfico com o tema representações da crise econômica nas ruas.



Com dados do blog jornalismo e internet.

Demotix, em parceria com o Financial Times, lançou um concurso fotográfico sobre a crise econômica. A idéia é capturar imagens nas ruas que possam representar a crise mundial. Os participantes deverão descarregar as suas imagens, até 13 de fevereiro, no sítio Demotix, usando a tag 'Crunch09'.

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Primeira exposição fotográfica no Polo Sul.

O fotógrafo Belga Wim Tellier promove a primeira exposição no Polo Sul, Protect 7-7, é uma instalação artística de 30.000 metros quadrados. O fotógrafo é o mesmo que em 2007 surpreendeu o mundo em 2007 com suas fotografias de bebês de 600 metros quadrados, exibidas em grandes cidades do mundo.


Foto: Wim tellier.

Pois bem, desde o dia 26 de janeiro e até 6 de fevereiro, uma instalação artística de 30.000 metros quadrados terá lugar na Antártica. Isso mesmo: o continente de gelo. A idéia éuma expansão da marca registrada de Wim Tellier: a integração de fotografias gigantescas em ambientes selecionados. Isto dá origem a mega instalações que são então fotografadas do ar por Wim. O especialista polar Alain Hubert será o líder da expedição desta primeira exposição artística jamais feita no sétimo continente.

A idéia é unificar imagens feitas nos outros seis continentes, expondo em um lugar neutro e selecionado justamente para salientar que todos nós vivemos juntos no mesmo planeta. A instalação é composta de fotos de seis pessoas expostas ao sol na Antártica, vinculando a idéia aos problemas do Aquecimento Global. As imensas fotografias chegaram lá depois de uma viagem de dois meses de navio. Juntas estas fotos pesam três toneladas. O trabalho de impressão para as fotografias foi uma proeza técnica sem precedentes. Afinal, cada foto tem o tamanho de 18 gigabytes.

A instalação será exibida na Antártica do dia 26 de janeiro a 6 de fevereiro de 2009. Depois segue para Antuérpia e Nova Iorque.

Wim Tellier financia seus projetos vendendo as ampliações. Estas ampliações são cortadas em pedaços e, por um preço acessível, todos podem comprar uma parte única de 80/80 cm (edição 1/1). Desta maneira, um quarto do total de 7.500 pedaços já foi vendido antecipadamente, principalmente através do website do projeto. Para cada pedaço vendido, o PROTECT 7-7 doa uma porcentagem para a Fundação Polar Internacional.

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CIÊNCIA E FOTOGRAFIA: Inventado pela Universidade de Winsconsin o sensor de imagem flexível. Mudança na fotografia?

Com dados do Site Inovação Tecnológica.


Fotodetectores flexíveis.

As relações entre estética e tecnologia andam juntas na fotografia. Agora, temos mais um exemplo de abertura de possibilidades no mundo da fotografia contemporânea. A possibilidade está dada. Se vai "pegar", já é outra história...

A invenção vem da física aplicada. Trata-se da criação de um novo material sensível à luz, totalmente flexível, que poderá revolucionar a fotografia e outras tecnologias de imagem, eliminando a necessidade das enormes lentes telescópicas dos equipamentos profissionais e acabando com as imagens borradas e fora de foco dos equipamentos mais simples.

Em uma câmera digital, por exemplo, o ponto onde o plano focal atinge o sensor está em foco, mas a imagem se torna cada vez mais distorcida, à medida que se afasta desse ponto focal preciso.

O problema aparece principalmente em fotos tiradas com telefones celulares, onde o sistema óptico é inferior ao das câmeras fotográficas profissionais, que corrigem o problema utilizando várias lentes para refratar a luz e aplanar o plano focal.

Sensor de luz curvo e flexível

Zhenqiang Ma e seus colegas da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, inspiraram-se no olho humano para criar um sensor curvo que elimina automaticamente a distorção, sem a necessidade dos caros, grandes e pesados conjuntos de lentes.

O "sensor" de luz do nosso olho, a retina, é curvo, eliminando a distorção. "Se você conseguir um plano de imagem curvo, você necessita de apenas uma lente," explica Ma. "É por isto que esta inovação é extremamente importante," diz ele. Tão importante que a descoberta virou capa da edição de Janeiro da revista científica Applied Physics Letters.

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Fortaleza: Mucuripe em preto e branco


Foto: PAULO GUTEMBERG.

Com dados do Diário do Nordeste

Desde a década de 50, o Porto do Mucuripe convive com Fortaleza. Mas, apesar disto, foi o olhar estrangeiro dos fotógrafos piauienses Sérgio Carvalho e Paulo Gutemberg para resgatar ovisual e a memória afetiva da zona Portuária da Capital.

A exposição, com 28 fotografias, que juntas contam um pouco da história e da rotina portuária. Tudo está presente, trabalhadores portuários, pescadores e suas jangadas, a estrutura antiga contrastando com a modernidade imponete dos arranha-céus da Beira Mar. Dualidade, solidão, grandeza, infinito, profundas são as sensações que emergem do trabalho dos piauienses. ´Mostramos essa dicotomia do velho e do novo. Essa sensação de amplitude. Resgatamos o valor que o porto tem, as características da maritimidade. Um lugar de saída e chegada´.

Para além da exposição

Com um amplo material que ficou de fora da mostra, os fotógrafos agora planejam lançar um livro de fotografia sobre o Porto do Mucuripe. Estarão inclusas as imagens já conhecidas e cerca de outras 60 ainda inéditas. Sem previsão para lançamento, os fotógrafos pretendem que ainda em 2009, a publicação esteja completamente pronta.


Mais informações:
Exposição Docas do Mucuripe, de 29/01 até 14/03, das 8h às 17h, no Espaço Cultural Correios (Rua Senador Alencar, 38, Centro). (85) 3255.7262

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Paraná: Começam, em Curitiba, as inscrições para a pós-graduação Fotografia e Imagem em Movimento

Com dados do Paran@ Shop.

O Instituto IDD e a Faculdades ESEEI estão com as inscrições abertas para o curso de pós-graduação Fotografia e Imagem em Movimento. Coordenado pela fotógrafa e mestre em antropologia Joseane Daher, o curso tem como objetivo abordar a fotografia em diversos campos de aplicação oferecendo as ferramentas técnico-metodológicas para a compreensão, utilização e discussão das imagens, tanto na formação e reciclagem profissional, quanto em nível filosófico.

O público-alvo são fotógrafos e graduados em comunicação social, design, arquitetura, ciências sociais, cinema e outras áreas que utilizam a imagem como linguagem e ferramenta, além de estudantes de graduação e amantes das imagens que poderão cursar as disciplinas isoladamente como curso de extensão.

A primeira turma inicia em março de 2009 e conta com uma equipe de docentes formada por doutores, mestres, especialistas e profissionais brasileiros e estrangeiros. No time da especialização estão: Luiz Carlos Felizardo, Tony Genérico, Simonetta Persichetti, Valdir Cruz, Michel Tcherevkoff, John Issac, Pedro Martinelli, Cristiano Mascaro, João Urban, entre muitos outros.

Serviço:
  • Pós Graduação Fotografia e Imagem em Movimento. Turma 2009/10
  • Inscrições abertas até 6 de março de 2009
  • Início em março/2009
  • Término previsto (aulas) para agosto/2010
  • Horário: 6ªs feiras das 19h às 22h40 e sábados das 8h às 11h40 e das 13h30 às 17h10
  • Local: MABU Royal & Premium Hotel
  • Periodicidade: quinzenal
  • Carga horária total: 426 h.a.
  • Número de vagas: 60
  • Coordenação Prof.a Joseane Zanchi Daher
  • jodaher@terra.com.br
  • Para mais informações e inscrições:
  • http://www.institutoidd.com.br/cursos_detalhes.php?param=11&tipo=1
  • E-mail: atendimento@institutoidd.com.br
  • Telefone: (41) 3333.3668

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Pinhole digital + ensaio sobre a loucura


Foto: Gui Mohallem.

Gui Mohallem, de 29 anos, é um fotógrafo brasileiro e produziu a exposição “Ensaios para a Loucura”. Neste Trabalho se combina a técnica mais rudimentar de fotografia, o pinhole, com a tecnologia mais moderna, a digital. A concepção, segundo o fotógrafo, é associar relatos biográficos dos fotografados a imagens perturbadoras para discutir os limites da razão.

O pinhole digital consiste em trocar a lente de uma câmera por uma tampa com um furo, permitindo que a imagem se forme dentro dela, assim como acontece nas tradicionais câmeras de lata. Só que, desta vez, a imagem é capturada pelo sensor digital. No site do próprio artista há um tutorial ensinando a técnica.

"Assim como em outros episódios na história da fotografia, essa técnica foi inventada por muitas pessoas ao mesmo tempo em diversas partes do mundo. Porque fazia sentido naquele momento, como faz sentido agora", explica Mohallem.

Gui Mohallem é formado em cinema e video pela ECA/USP e se especializou em fotografia e cinematografia. Essa é sua primeira exposição individual, que acontece em Nova Iorque, no Rabbithole Studio. No Brasil, o fotógrafo já participou de algumas coletivas, com a do Premio Porto Seguro, em 2005 e do Slideluck Potshow, em fevereiro deste ano.

Mohallem é representado na América Latina pela Galeria de Babel, que também tem entre seus artistas Martin Parr, Thomas Hoepker, Elliott Erwitt e Dimitri Lee.

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