Foto: Susan Meiselas/Magnum.Que a célebre Agência Magnum vinha nos últimos anos se contorcendo em criatividade para se manter viva não é novidade para ninguém da área de fotografia. Foram livros, brindes, cópias assinadas, e o magnum in motion, o site de audiovisuais formatados a partir do acervo histórico da agência.
Justamente por falar em acervo, ele acaba de passar de mãos. O Bilionário da Informática, Michael Dell, através da sua companhida de investimentos, a MSD Capital, adquiriu cerca de 185.000 imagens impressas da agência. As imagens são vintage, ou seja, são impressões feitas à epoca em que foram circuladas. Apesar do preço não ter sido oficialmente divulgado, fala-se de 100 milhoões de dólares, o que, de imediato, coloca esssa transação como a mais alta do mercado de fotografia até então feita. Se isso for verdade, cada foto, uma pela outra, saiu a 540,00 dólares. Os negativos continuam de posse da agência.
o acervo foi por sua vez cedido para estudo e exposição ao Harry Ransom Center, na Universidade do Texas, em Austin. Não à toa, um centro ligado a pesquisas em jornalismo. É a primeira vez desde a fundação da Magnum, em 1947, que as mais de 180 mil cópias vintages que compõem o arquivo estarão disponíveis ao público e investigadores.
No acervo adquirido há o trabalho de 103 fotógrafos e imagens até mesmo anteriores a formação da Magnum. O material vai de 1930 até 1998.
Fundada por lendas da fotografia, como
Robert Capa, Henri Cartier-Bresson, George Rodger, e David Seymour, entre outros, a Magnum tem uma memória iconográfica única. A venda foi decidida em 2006, numa altura em que a quebra de receitas se acentuava tanto nas agências fotográficas quanto na imprensa, a sua principal cliente. O negócio foi fechado em dezembro, e só agora divulgado.
A venda está sendo encarada como uma entrada de fôlego para a ajudar a agência a reinventar-se. A Magnum, através de nota do seu diretor, Mark Lubell, manifestou o desejo de redirecionar a agência para a Internet, tornando-a menos dependente de publicações, potenciando a sua capacidade para ser ela mesma fonte de informação. Projeto já em curso há alguns anos, quando iniciou-se a digitalização do seu imenso acervo.
Fontes: Público/Portugal / olhavê / image & visions / The new york times.
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