Paraty em Foco: Francesco Zizola - "o fotojornalismo já nasceu morto".
Zizola entre Simonetta e o Garapa: fotografia que nasce da proximidade.
Paraty em Foco, hora de falar em Fotojornalismo com o premiado Francesco Zizola. Na entrevista com Simonetta Persichetti e o coletivo Garapa, Zizola numa demostração de respeito ao público, opta por falar em português e começa ironizando a crise do fotojornalismo "o fotojornalismo já nasceu morto", disse, se referindo a recorrência com que esse tema volta à tona no meio fotográfico de tempos em tempos.
A fala de Zizola foi também muito esclarecedora no sentido de como ele se coloca nas coberturas. Procuro sempre me envolver com as pessoas, com o assunto que abordo. Isso é particularmente sensível na exibição do material do próprio Zizola, Born Everywhere, resultado de 13 anos de reportagens sobre crianças ao redor do mundo.
"Vendo as imagens para a mídia, para pautar a questão da infancia", afimou Zizola, alertando que os grandes temas estão ai, e podem ser tratados visualmente em aliança com a cobertura dos meios. No entando, o fotógrafo italiano reafirmou "não vendo fotos em que haja sofrimento, dor ou questões polêmicas para o mercado de galerias, não gostaria de ter uma foto na parede de alguém ou de uma galeria com alguém sofrendo, não gostaria de ganhar dinheiro assim". Para este setor, o fotógrafo afirma ter uma material específico.
Houve quem criticasse a postura do romano Zizola. "Ele fotografa tudo, em qualquer lugar, sempre do mesmo jeito, estetizando"... Humm... onde será que já ouvi isso antes? 8 prêmios WPP, 4 pictures of the year dão a resposta.
Em um mundo cada vez mais permeado por diferenças e porosidades, o fotojornalismo, sempre que bem feito, sempre terá lugar.
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