Pioneiro da fotografia de moda no Brasil, Otto Stupakoff morre aos 73 anos
Morreu, aos 73 anos, na madrugada da última quarta (22/4), o fotógrafo Otto Stupakoff. Pioneiro da fotografia de moda no Brasil, Stupakoff vivia num flat no bairro do Itaim, em São Paulo, onde teria passado mal. A causa da morte ainda é desconhecida.
O artista, famoso internacionalmente desde os anos 60, realizou ensaios para revistas de moda como a americana Harper's Bazaar, a francesa Elle (cujas fotos viraram acervo do MOMA de Nova York) e a Vogue Paris. Na última revista, uma das publicações mais importantes e influentes de moda do mundo, foi responsável pelas capas a partir de 1972.
Em 2005, em comemoração aos 50 anos de carreira de Stupakoff, o São Paulo Fashion Week realizou uma exposição retrospectiva da obra do artista no prédio da Bienal. Recentemente, o AutoFoco deu nota sobre a aquisição, pelo Instituto Moreira Salles, do acervo de Stupakoff, que também gerou exposição.
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Segunda Atualização, em 24 de abril:
Segue abaixo repercussões sobre a morte de Otto Stupakoff que circularam na internet.
Clicio:
Estou triste… Otto foi o pai da fotografia de moda no Brasil, e um exemplo para todos nós. Eu sempre fui fã!
JUST OTTO
Otto Stupakoff era sinônimo para respeito e profissionalismo. Para quem ainda não o conhecia, fica uma homenagem ao nosso estilo: imagens e web!
Siga os enlaces da Clix.
Leia entrevista com o fotógrafo Otto Stupakoff, homenageado em mostra no SP Fashion Week
UOL: Em seus retratos que fez de grandes celebridades, você sempre buscou humanizá-las?
Stupakoff: Não sempre. Quando fazia retratos em grandes formatos, eles são por naturezas fixos, formais. Mas há retratos muito soltos. Eu sempre lia muito sobre a pessoa que ia fotografar, havia um preparo. Com exceção do Jack Nicholson, que foi muito grosseiro (N.R.: o ator, reclamou, por exemplo, do local escolhido para as fotos _a rua_ e a sessão durou apenas dois cliques), todas as pessoas foram extremamente cordiais comigo.
O meu tipo de fotografia era o de passar o dia inteiro com a pessoa, às vezes mais de um dia, por exemplo, com a alteza real Grace de Mônaco (Grace Kelly) e sua filha Stephanie. Eu fotografei Sophia Loren quatro ou cinco vezes, havia um pouco mais de intimidade, cheguei a passar a noite em seu bangalô, mas nunca tive a ilusão de que era amigo dessas celebridades.
Fotosite
BIOGRAFIA
Otto queria o mundo e, em meados dos anos 60, foi para Nova York com mil dólares no bolso e duas Leicas. Havia queimado seu acervo gigante, salvando apenas umas 30 fotos que viraram seu portfólio. Em terra estrangeira, Stupakoff batalhou até cavar seu lugar entre os principais fotógrafos do seu tempo. Dividiu várias páginas de revista com Richard Avedon, Diane Arbus, Helmut Newton e Irving Penn.
… “longa e bela vida ao Otto!”.
A boa fotografia está de luto …
Jorge Diehl
Coleção Pirelli/Masp de Fotografia
Em 1965 mudou-se para Nova Iorque, Estados Unidos, onde fotografou para agências de publicidade e diversas revistas, como Harper’s Bazaar, Life, Esquire e Look. Foi professor de fotografia na Parson´s School of Design, Nova Iorque (1966).
Tchau, Otto
…Que sua marca humanista na super-encenada fotografia de moda deixe discípulos.
Siga os enlaces.
Morre o fotógrafo Otto Stupakoff
Sua fotografia diurna e viril foi publicada nas maiores revistas do planeta e exposta em conceituadas galerias: parte dela está no acervo permanente do MoMA, em Nova York. As fotos aqui publicadas foram feitas para o livro Rioerótico, jamais publicado no Brasil. Otto vive, atualmente, em um flat de São Paulo, onde discursou para a reportagem.
PARA OTTO STUPAKOFF, UM FOTÓGRAFO FOTOGRAFA COM A MENTE E O CORAÇÃO,
NÃO COM A CÂMERA, QUE É INCAPAZ DE VER
…E foi pelos retratos que comecei, depois de uma espera de cinco anos em Nova York, quase morrendo de fome, coisa que pouco brasileiro tem vontade de fazer.
…Quando eles viram que eu sabia fotografar moda, veio o segundo trabalho, que era a Tina Sinatra. Nós tivemos uma paixonite aguda um pelo outro, na praia, na cabeceira do aeroporto de Los Angeles, com os aviões passando por cima da gente. Nós emendamos isso na casa dela, à noite. Foi um romance de três dias.
…Acabei descobrindo o que eu já sabia: que fotografia não é uma arte que se pode ensinar, é o acumulo de elementos que formam o fotógrafo como ser humano. Quanto melhor ser humano ele for (por natureza ou porque se desenvolveu), melhor fotógrafo. Leia, inspire-se na arquitetura, no cinema, na pintura. E, sobretudo, desenhe, porque eu não acredito que é possível ser fotógrafo sem desenhar. Você não fotografa com câmera. Câmera é um objeto que você utiliza para registrar aquilo que você quer dizer. E tanto faz: a descartável é tão boa quanto aquela que você acha que, quando tiver, sua fotografia vai melhorar. Não vai melhorar nada! A gente fotografa com a nossa mente, com o nosso coração, não com o aparelho. Uma câmera é incapaz de ver.”
“longa e bela vida ao Otto!”
Pictura está triste!
Marcadores: fotografia brasileira, fotografia de moda, instituto moreira sales, otto stupakoff
2 Comentários:
Bela cobertura sobre a morte do Otto Stupakoff. Gostei principalmente dos trechos que você utiliza falas de outras grandes personalidades da fotografia.
Abraços
Eduardo Chaves
www.fotocolagem.blogspot.com
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