"Nunca se mente tanto: antes de uma eleição, depois de uma pescaria e durante uma guerra". - Otto V. Bismarck
O vídeo vazou do pentágono e foi parar no Wili Leaks, Youtube e rodou o mundo. Saiu do âmbito secreto militar através de fontes descontentes com o andamento da guerra no Iraque. É autêntico e ultrajante. Nele, se mostra a morte, ou melhor, assassinato, de 15 civis no bairro de New Bagdad em julho de 2007, incluindo o fotojornalista Namir Noor-Eldeen, 22, e seu assistante e motorista Saeed Chmagh, 40, ambos trabalhando para a Reuters.
A posição da Reuters tem sido de exigir do exército americano uma investigação completa do incidente. A pressão não é pouca. A Reuters é a maior agência de notícias do mundo, opera desde 1851, sendo a líder em informações financeiras e possuindo uma das maiores redes privadas de dados do mundo. O poder de cobertura da agência é enorme, e consequentemente, de também atrair ou repelir boa vontade sobre o caso. Posso afirmar isso por que na minha tese de doutorado pesquisei a Reuters.
O vídeo é auto-explicativo. Câmeras são confundidas com armas, as vítimas, todas, estavam desarmadas, pessoas foram assassinadas enquanto tentavam prestar socorro. Crianças foram feridas e enviadas a hospitais iraquianos, ao invés de serem atendidas em hospitais militares americanos. O palavreado dos soldados e oficiais envolvidos e o tom, é revoltante. Se aproxima mais do êxtase de adolescentes jogando videogame.
Vergonha para a humanidade. No aniversário de 7 anos da guerra do Iraque, os EUA mandam lembranças.
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