Mais um caso de imagem manipulada: agora a bronca foi com o New York Times
Nota do jornal New York Times: ensaio manipulado retirado da web.
Vez por outra o caso se repete. Desta vez promete ganhar escala pelo veículo envolvido ser o jornal The New York Times. O problema foi um ensaio colocado online no último domingo, de autoria do fotógrafo português Edgar Martins, intitulado Ruins of the Second Gilded Age. O ensaio é sobre casas e edifícios abandonados em meio à construção e à crise habitacional deflagrada no ano de 2008, que interrompeu processos de edificação. Até aí nada demais, idéia boa e sacada criativa: fotografar locais inacabados, que, no entanto, já são ruínas.
Mas, ai...
Acontece que um leitor percebeu indícios de manipulação de imagem, no caso, clonagem e repetição de elementos visuais (Reproduzimos algumas imagens abaixo). Ao entrar em contato com o NYT, este imediatamente retirou o ensaio e colocou online texto fazendo a mea culpa. Uma nota do próprio jornal, explicando o ocorrido, está na página inicial do slide-show quando se tenta ver o ensaio. Segundo a nota, a decisão foi tomada quando os editores confrontaram o fotógrafo diante das denúncias, desmascarando os indícios de alteração.
Permanece estranho o fotógrafo não ter ainda se pronunciado sobre o caso. Ainda mais sendo Edgar Martins um fotógrafo de imprensa atuante em Portugal e com prêmio no currículo.
Abaixo algumas amostras das fotos alteradas.
Marcadores: edgar martins, ensaio falso, falsificação, Manipulação, manipulação digital, new york times
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Em entrevista ao site Publico.PT, Martins reconhece ter utilizado o Photoshop, mas nega manipulação. Ele alega ter recorrido à ferramenta para transmitir intencionalmente a ideia de um mundo paralelo. Todas as imagens produzidas eram “espelhadas”.
“Não foi uma alteração para servir a estética. É uma mensagem que eu quero passar da dualidade entre a aspiração e o excesso, a ruína e a decadência”, comenta Martins.
Sobre a polêmica, diz que ela já era esperada e afirma que “o problema foi o New York Times ter vendido a história como vendeu”.
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