9 de jul. de 2009

Mais um caso de imagem manipulada: agora a bronca foi com o New York Times


Nota do jornal New York Times: ensaio manipulado retirado da web.


Vez por outra o caso se repete. Desta vez promete ganhar escala pelo veículo envolvido ser o jornal The New York Times. O problema foi um ensaio colocado online no último domingo, de autoria do fotógrafo português Edgar Martins, intitulado Ruins of the Second Gilded Age. O ensaio é sobre casas e edifícios abandonados em meio à construção e à crise habitacional deflagrada no ano de 2008, que interrompeu processos de edificação. Até aí nada demais, idéia boa e sacada criativa: fotografar locais inacabados, que, no entanto, já são ruínas.

Mas, ai...

Acontece que um leitor percebeu indícios de manipulação de imagem, no caso, clonagem e repetição de elementos visuais (Reproduzimos algumas imagens abaixo). Ao entrar em contato com o NYT, este imediatamente retirou o ensaio e colocou online texto fazendo a mea culpa. Uma nota do próprio jornal, explicando o ocorrido, está na página inicial do slide-show quando se tenta ver o ensaio. Segundo a nota, a decisão foi tomada quando os editores confrontaram o fotógrafo diante das denúncias, desmascarando os indícios de alteração.

Permanece estranho o fotógrafo não ter ainda se pronunciado sobre o caso. Ainda mais sendo Edgar Martins um fotógrafo de imprensa atuante em Portugal e com prêmio no currículo.

Abaixo algumas amostras das fotos alteradas.





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1 Comentários:

Às seg. jul. 13, 11:22:00 PM 2009 , Blogger Paulo Munhoz disse...

Em entrevista ao site Publico.PT, Martins reconhece ter utilizado o Photoshop, mas nega manipulação. Ele alega ter recorrido à ferramenta para transmitir intencionalmente a ideia de um mundo paralelo. Todas as imagens produzidas eram “espelhadas”.

“Não foi uma alteração para servir a estética. É uma mensagem que eu quero passar da dualidade entre a aspiração e o excesso, a ruína e a decadência”, comenta Martins.
Sobre a polêmica, diz que ela já era esperada e afirma que “o problema foi o New York Times ter vendido a história como vendeu”.

 

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