7 de jul. de 2009

Dentro dos muros.


Com dados da Agência Brasil.

Depois que o documentário "nascidos em bordéis" deu visibilidade mundial à metodologia de produção fotográfica que se dá através do fornecimento de câmeras para pessoas e coletando o resultado que volta nos registros, a receita passou a ser aplicada e adptada em diversas escalas.

O resultado geralmente é interessante. Através desse modelo de trabalho, acontece uma resposta específica. A autorização de um corpo estranho, a câmera, que normalmente é problemática, como presença em um ambiente a ser documentado, tende a ser neutralizada através da familiaridade de quem a carrega. Em outras palavras: a fotografia pode surgir em uma escala diferenciada, segundo um regime de registro que se dá por pertencimento de quem fotografa à uma determinada realidade.

Pois bem: dessa vez a proposta vai ser direcionada para o registro de presídios e presidiários no Brasil. A realidade carcerária do nosso país vai saltar à uma visibilidade potencialmente inédita.

Presidiários de cinco estados estão participando de um projeto do Departamento Penitenciário (Depen), do Ministério da Justiça, cujo objetivo é mostrar a visão deles sobre o sistema prisional por meio de fotografia. Para isso, em cada presídio selecionado, dez presos escolhidos pelos próprios colegas receberam uma máquina fotográfica descartável e um filme de 28 poses para documentar a vida carcerária.

Mas ai, sempre tem um "mas ai" envolvendo quesões prisionais...

Mas ai... As fotos passarão por uma seleção no Depen para serem apresentadas na Feira de Conhecimento da 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública (1ª Conseg), de 27 a 30 de agosto, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.

“A seleção será feita levando em conta a qualidade da foto e o conceito com que ela trabalha”, explica a coordenadora-geral do Programa de Fomento às Penas e Medidas Alternativas do Ministério da Justiça, Márcia Alencar Araújo Matos. “O que o Depen quer apresentar com essas fotos são os contrastes da realidade carcerária brasileira sob o olhar do preso e não apenas boas fotos. Por isso, escolhemos unidades que apresentam esses contrastes”. Segundo ela, isso poderá contribuir para a construção de novas diretrizes para o sistema penitenciário durante a Conferência Nacional de Segurança Pública.

Hummmm.... sei. Prefiro ver os resultados e conferir o produto final.

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