Novas falsificações no fotojornalismo reacendem o debate sobre o que podemos confiar naquilo que vemos.
O problema de manipulação de imagens no fotojornalismo parece mesmo estar longe de ser contornado de modo eficiente. A recorrência a tecnologia digital está criando uma verdadeira sequência de casos de adulteração com uma regularidade impressionante.
Alguns dias atrás a a agência Associated Press baixou uma norma interna suspendendo o uso de fotografias fornecidas por fontes militares. Confira aqui o comunicado. A gota d'água foi a descoberta que a imagem da primeira mulher norte-americana a atingir o posto de general de quatro estrelas havia sido “tratada”.
Poucos dias depois, outra farsa se abateu sobre o diário francês Le Figaro: o editor de imagens resolveu “limpar” um anel de diamante que ornava a ministra da Justiça da França.
O jornal já fez sua mea culpa sobre a matéria, mas a questão permanece sendo: como pode-se criar delimitações sobre essa verdadeira praga que contamina o valor indicial do fotojornalismo?
Repercussões:
1 - Os casos, conjuntamente manifestaram uma resposta do Editors Weblog que problematiza bem a questão.
2 - A agência Black Star disponibiliza para download, e de graça, um livrinho (55 páginas) em que aborda e debate estas questões, tentanto colocar marcos éticos auto-regulatórios. O “Photojournalism, technology and ethics - what’s right and wrong today", não é uma solução, mas pode ajudar a encaminhar a discussão.
Antecipamos o índice aqui:
1. “ O ur Pictures Must Always Tell the Truth” (p.1)
2. The Golden Age of Photojournalism (7)
3. Altered Photographs, Staged Shots and the Era of Distrust (20)
4. Toward a 21st Century Ethical Model (40)
Marcadores: ética no fotojornalismo, fotojornalismo, Manipulação
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial