9 de set. de 2010

Perpignan, Parte 1

Por os pés em Perpigan e respirar fotoreportagem! O festival é show!

Estive em Perpigan neste último fim de semana. Depois de chegar e deixar as malas em Barcelona, antes de começar a trabalhar na Pompeu Fabra, fui verificar o estado da prática do fotojornalismo no que é certamente o evento mais importante para a área.

Impressiona, de cara, o tamanho do evento. Na cidadela medieval, pelo menos 30 exposições oficiais, fora o "off-Perpignan" que é a mostra paralela, inclusive com trabalhos de reportagem amadora (conceito complicado para mim. O que é um repórter amador? Isso me soa estranho tal qual médico amador!). No Off-Perpignan, muita coisa interessante também. No ano passado, a contagem de visitantes do festival como um todo foi de 180 mil pessoas, fora as projeções no Campo Santo, geralmente com a arquibancada lotada todas as noites.

Se há ainda alguma perspectiva de crise no fotojornalismo isso deve ser relativizado em dois pontos de vista. O primeiro, que a crise é mais da fotografia de imprensa. Vi muita coisa criativa que, sobretudo, procura outros eixos de articulação para a visiblidade da produção. A choradeira das grandes agências de imagem, deu pra ver, continua forte. Certamente por perceberem que os canais de se gerar, trabalhar e dar publicidade ao material fotográfico, cada vez mais se diversificam. É o choque da web 2.0 com o fotojornalismo. Protótipo deste contexto: a projeção que o presidente do festival, Jean François LeRoy, fez de um ensaio totalmente produzido em um Iphone. Arrematou dizendo: "para o fotojornalismo, mais que o suporte, o que conta é o olhar".

O segundo ponto de vista se dá pelo próprio contexto do festival. É impressionante ver centenas de pessoas interessadas, debatendo os temas, indo as exposições, discordando, concordando, trocando impressoes com os fotografos e produtores. Que haja crise, tudo bem, mas Perpignan deixa claro que a preocupação em se encontrar outros eixos de trabalho persiste.

vou postando por aqui outras impressoes do festival, nas brechas do meu trabalho na Universidade aqui.

Até logo.
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