De repente, Barcelona.

Leitores do AutoFoco.
O AutoFoco vai mudar. A partir de 4a. feira, vocês irão perceber, progressivamente, que o teor do que é postado aqui irá ter uma cara diferente. Quem acompanha o Blog, percebeu que ultimamente os posts tem rareado. Não que eu quisesse escrever menos. Foi muita coisa afunilando, se sobrepondo em paralelo, burocracia para resolver a viagem, e menos tempo para desengasgar as coisas antes de embarcar.
A mudança é provocada por um desejo de transformar o AutoFoco em um díario de bordo. No caso, da pesquisa/ tempo que irei passar em Barcelona, a partir de 1 de setembro. Na bagagem, roupa, um dicionário de espanhol, algum equipamento, portfólios de amigos fotógrafos, um projeto de pesquisa e uma pequena missão familiar.
São quatro idéias a fazer, que, de modo sincrônico envolvem a fotografia.
A primeira, a pesquisa, que está sendo financiada pela CAPES, que irei fazer na Univ. Pompeu Fabra. O tema, grosso modo, é "o fotojornalismo em tempos de convergência". Ou, se preferirem, "O fotojornalismo depois da fotografia". Algo como tentar entender, entre o saudosismo do passado, e a utopia do futuro, onde o fotojornalismo está indo parar.
A segunda, tentar viabilizar alguma parceria entre fotógrafos, galerias, semanas de foto, entre Pernambuco e Espanha. Há tempos insisto que o caminho pode ser também estabelecer pontes internacionais. A fotografia do Estado tem crescido, e isso pode ser uma aposta de intercambios.
A terceira, tentar fazer uma documentação sobre o fim das touradas na Catalunha. Algo que me sempre prendeu pela curiosidade, as touradas, e tentar vê-las pelo vácuo deixado.
A quarta, talvez a mais difícil. Partindo de 5 fotografias do álbum de família, tentar localizar, com base em sobrenomes e na crença da memória documental que a fotografia - ainda - carrega, a parte Espanhola da Família da minha mãe. Separados por décadas de endereços perdidos, do regime franquista, do Atlântico e, rogo que não, do esquecimento.
São quatro objetivos onde a fotografia tem um papel central: Estabelecer pontes. Seja de pesquisa acadêmica, de intercâmbios, de rememoração, de elos perdidos. Se não chega a ser uma mudança editorial, é, ao menos, um reposicionamento de estilo.
O blog, nos próximos meses, vai tentar relatar o percurso desses quatro caminhos. Oxalá consiga cumprí-los.
Hasta luego!
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Marcadores: barcelona, capes, catalunha, convergência digital, espanha, fotografia e convergência, fotojornalismo e convergência, mudança editorial, pesquisa de fotografia
7 Comentários:
Você tem todo o nosso apoio e torcida. Tudo vai dar certo pq vc é do Bem. Barcelona é a cidade mais especial que conheço. Divirta-se e mande muitos flagrantes da Rambla. Abs
então Buena Suerte !!!
Acompanho seu blog há muito tempo, gosto do conteúdo, minha formação acadêmica é em geografia (mestrado)e também tenho uma formação autodidática em fotografia, tento unir as duas coisas, minha pesquisa de mestrado foi em feiras-livres. Lendo o post de hoje descobri que você vai para Barcelona, muito bom, desejo muita sorte a ti, se é para crescer então maravilha, e quanto a sua proposta de relatar seu percurso, as etapas do projeto, é bastante sujestiva e claro que você ira conseguir sim. Também tenho um blog, que criei em janeiro desse ano, não tenho muito tempo para postar, mas vou ver se resolvo isso. vai ai meu link, caso você queira aparecer por lá, um abraço, Paulo Aryaman. www.narrativasfotograficas.blogspot.com
Afonso,
que a fotografia continue te trazendo bons frutos,
tudo de bom nesta nova jornada,
beijos Yêda
Que coisa legal, Afonso!
Toda sorte nessa nova fase, que tudo dê certo.
Estarei acompanhando como faço sempre..
Abraço,
Renata.
ps: aluna tua bem altona do período passado. :)
Aproveite esta ciudad maravilhosa!
Sucesso Afonso, Claudio Versiani tá morando lá. Então qualquer coisa entra em contato com o cara que já está totalmente familiarizado e tem feito muito uso da internet como fonte de convergência e aglutinação de fotógrafos amigos espalhados pelos 4 cantos do mundo. Quanto ao intercâmcio, não te esquece que o Centro Cervantes que já está estabelecido no recife pode ser um bom parceiro para esse projeto. A partir deste ano eles estão recebendo as inscrições para o Premio Rei da Espanha e quem sabe mais coisas não podem surgir.
ab,
Arnaldo
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