29 de mar. de 2010

Santo Lima na MUDA > uma pista de como a fotografia digital se comporta em novos contextos de visualização.

Antecipadamente, perdoem-me o devaneio.

Mas, indo conferir a abertura da exposição do Coletivo Santo Lima, hoje à noite, no espaço MUDA, me veio a idéia do que, ou quando iremos nos defrontar de fato, com um trabalho que traga para a fotografia a materialidade do digital como um elemento diferenciado.

Explicando melhor, em suma, um trabalho que seja legal, bacana, pelo fato de ser digital. Onde a imagem numérica esteja no processo como um fator diferencial, contribuitivo, do produto em questão.

Assim como a síntese entre Leica, Cartier-Bresson e a mobilidade do disposivo fotográfico revolucionou o fotojornalismo.

Assim como o médio-formato, ao impor uma visualização na altura do umbigo, condiciona o isolamento do mundo, estamos olhando um quadro, uma composição e não diretamente o que vemos, ou queremos registrar.

Assim como o grande-formato, pesado, complicado, detalhista, cheio de ajustes, no momento em que colocamos a placa com o filme, não temos mais o visor. E ganhamos uma visualização plena, direta, diante da paisagem ou objeto. Sem visor, somos nós e a camera que fazemos a imagem, a camêra não está 'entre' quem olha e o que é olhado. Está ao lado. É partícipe.

Me fica a sensação que, na concepção estrita de fotografar, o digital ainda está na fase que copia tudo. Transporta e adapta modos de visualização que já existem e ocorrem antes na história da fotografia. O que é legal, ou bacana pelo fato primeiro de SER digital? Por que uma câmera digital é tão parecida com uma câmera analógica (na forma e no modo de se operar) como, a seu modo, NÃO o é um MP3 player e um equipamento de som com CD?

Pistas?

Ao ver a instalação do Coletivo Santo Lima isso me saltou à cabeça. Qual o lugar onde o fazer imagem digital se situa. Fotos feitas na hora da vernissage sendo justapostas a slide-shows pré organizados. Excesso de retratos, e não mais o retrato, sendo acelelerados em modo ultra-rápido, mixados na hora com um monte de referências visuais e repertórios fotográficos.

Não sei se o experimento dos caras (Beto Figueroa, Ricardo Spencer, Rafa Medeiros, Tom Cabral e Marcelo Lyra) se insere necessariamente em um novo modo de ver foto, ou se está direcionado mais para a a camera como uma multifunção de registro e performance.

Para o bem ou para o mal. Para o bom ou para o Ruim. Muito menos defendo esse experimento como sendo "o caminho".

Estou falando de pistas.

De uma foto que busca no presenteísmo da exibição uma articulação possível que permita agregar o "isto foi" como uma área de conforto da ontologia fotográfica em nome de um "isto sendo"que se realimenta e direciona a foto pro presente quase imediato. A Câmera que registra, é depois, mestre de cerimônias, câmera de vídeo, vínculo entre tempos narrativos.

Não sei sequer se isto é necessariamente só fotografia. Muito menos estou preocupado em definir qualidades a respeito da experiência-foto-instalação-ambiente como vi hoje.

Estou apenas falando de pistas.

As mídias, historicamente se acomodam umas a outras. Se deslocam, adquirem elementos, abandonam outros. A fotografia não estaria passaando por isso? Não creio que, mesmo sendo hegemônica no nível mercadológico, extremamente popular, no nível doméstico, incomparavelmente ágil no circular de imagens, extremamente acessível na aquisição de repertórios e gramáticas visuais, a fotografia digital já tenha achado sua cara. Tudo isso que falei que ela é, é verdade. Mas são resultados de potencializações, de amplificações do que era possível.

Onde está a sua ruptura no ato do fazer-se foto?

Qual a sua cara nesse momento sem que caia na tentação escapista de ser enquadrada em um conceito tão poroso, ineficaz e vintage como "pós-modernidade"?

Ficam as provocações e, de quebra, as pistas.




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SANTO LIMA na MUDA: Criações inusitadas repensam o sagrado em exposição

Com dados da FolhaPE

Doze artistas plásticos e fotógrafos de Pernambuco e da Paraíba receberam uma proposta inusitada nos últimos dias: que tipo de obra poderia ser feita a partir de um oratório e uma tela de madeira crua? O resultado está à mostra a partir de hoje no Espaço Muda, em Santo Amaro, com o objetivo de estimular uma reflexão sobre os conceitos de sagrado, sejam eles perpassados ou não por alguma religião organizada.

Os artistas convidados foram Todë, Galo, Raoni Assis, os paraibanos Verdee e Shiko, além de Tiago Trapo, Zone-X e os fotógrafos do Ateliê Santo Lima (Beto Figueiroa, Marcelo Lyra, Renato Spencer, Rafa Medeiros e Tom Cabral). Cada um teve direito a trabalhar individualmente sobre um oratório. Estes últimos também farão projeções e intervenções sonoras, com áudio produzido em seu próprio local de criação.

A exposição seria, inicialmente, feita com apenas um artista, mas vimos que não seria muito interessante deixá-los se prenderem muito a uma história dos santos, mas com uma conexão mais geral com o divino, com seus sopros de inspiração”, destaca a produtora da galeria, Giovanna Simões.

SERVIÇO
Exposição coletiva ‘Divino Sopro’
Espaço Muda - Rua do Lima, 280, Santo Amaro
Abertura: Hoje, às 19h

Visitação: Segunda a quarta, das 10h às 22h; quinta e sexta, das 10h à 0h e sábados, das 18h à 0h
Entrada franca
Informações: 3032.1347

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27 de mar. de 2010

Entrevista Noah Addis e o Jardim Edite


Foto: Noah Addis.

Nós já postamos aqui no site algumas notas sobre o ensaio "Sempre Jardim Edite", do fotografo norte americano Noah Adidis. Agora, em entrevista exclusiva para o AF de Autofoco, Noah fala sobre o início do seu trabalho, sobre fotografia documental e outros temas.

Sobre o entrevistado (extraido do site www.noahaddis.com):

NOAH ADDIS, formado em Fotografia pela Universidade de Drextel, na Filadélfia, tem trabalhado como fotojornalista profissional e fotógrafo documental há mais de quinze anos. Seu trabalho tem sido publicado em grandes jornais e revistas como o The New York Times, Time, Newsweek, People, E.U. News & World Report, Year's Life in Pictures e muitos outros.

Noah cobriu histórias como o crescimento do cristianismo na África e na guerra no Iraque. Ele já ganhou vários prêmios regionais e nacionais, incluindo o New Jersey Fotógrafo do Ano por três vezes. Em 2001 ele foi o vice-campeão na categoria portifólio da National Press Photographer’s Association Best of Photojournalism.


AF de Autofoco - Quando a fotografia começou a fazer parte da sua vida? Noah Addis – Quando eu era jovem, queria ter uma carreira em ciências ou engenharia. Durante o ensino médio, fiz uma viagem à Madrid e comecei a tirar fotografias de uma maneira diferente do que eu fazia antes – agora, eu estava pensando sobre a composição e a luz. Quando cheguei em casa e revelei os filmes, percebi que a câmera que eu estava usando estava quebrada e nenhum dos filmes eu tinha colocado corretamente. Nenhuma das fotos saíram, mas a experiência tinhas suscitado um interesse pela área em mim. Depois, meus pais me deram uma câmera SLR no meu aniversário e eu decidi que fazer fotografia era o que eu queria fazer na minha vida

AF – No seu site (www.noahaddis.com), nós podemos ver alguns dos seus projetos. Em “Serving the Nation”, há uma pequena descrição sobre o conceito que você usou para elaboração. Você escreveu: “I hope to bring attention to the fast-moving word outside of the Windows which otherwise migth go unnoticed”. Voce pode explicar esse conceito para nós?

NA – Eu comecei esse projeto enquanto viajava entre algumas cidades dos Estados Unidos. Trens, especialmente no nordeste dos Estados Unidos, tendem a percorrer bairros muitos interessantes e diversificados. Eu acho que muitas pessoas que viajam de trens não prestam muita atenção ao que está do lado de fora. Muitos dos trens viajam por áreas que antes eram ocupadas por indústrias, bem como por bairros operários. Agora, que a economia destas áreas tem se afastado da produção industrial, muitas das áreas industriais e antigos bairros residenciais prósperos estão desaparecendo. De certa forma os trens fornecem uma ligação interessante da história econômica dos Estados Unidos.


Foto: Noah Addis.


AF – Em “Wall Strett”, você nos mostra algumas cenas não muito comuns daquele lugar. Que tipo de história você busca nos contar?

NA – O distrito financeiro de Nova York é um lugar fascinante. Assim, muitas decisões são feitas lá que afetam a todos nós. Quando a extensão da crise financeira começou a ficar clara, em setembro de 2007, voltei minha atenção para Wall Street, para algo que aguçasse minha curiosidade.

Nessa época, eu ainda estava com o pessoal do jornal, de modo que este foi um projeto pessoal feito no meu tempo livre. Eu queria observar e fotografar a vida cotidiana daquela área. Eu não estava interessado na “news photo” – os comerciantes sobre o piso da bolsa de valores, por exemplo. Eu queria ter uma noção do lugar, da rotina diária dos trabalhadores daquele local.


Foto: Noah Addis.


AF – Fale um pouco sobre o seu trabalho “Sempre Jardim Edite”. Nós podemos dizer que você trabalha a representação de um novo modelo de êxodo urbano no Brasil?

NA – “Sempre Jardim Edite” é uma pequena parte de um projeto em andamento sobre as pessoas que vivem em comunidades de favelas urbanas em todo o mundo. Eu tenho um grande interesse em estudos urbanos, desenvolvimento e arquitetura. A teoria social tradicional acredita que a urbanização seguiria a industrialização. No entanto, muitas das megacidades no mundo, especialmente as do mundo em desenvolvimento, estão passando por um crescimento em massa da população, ao mesmo tempo em que estão experimentando uma perda de empregos na área industrial, conseqüência da estagnação da economia. Devido a agricultura mecanizada, o agronegócio em escala industrial, a guerra civil e inúmeros outros fatores, muitos cidadãos tendem a procurar oportunidades em outros centros urbanos no mundo. Fotografando os moradores das cidades contemporâneas, bem como o ambiente construído para e pelos moradores, espero adquirir uma maior compreensão das questões com que as cidades estão se deparando. O que acontece nas cidades do mundo - questões de saúde global, migração, desenvolvimento econômico, crises de refugiados e preocupações com a segurança - afetam a todos nós.


Foto: Noah Addis.


AF – Seu trabalho mistura algumas características da fotografia documental com o fotojornalismo. Para você, existe uma barreira entre esses dois conceitos? Como você enxerga essa relação?

NA – Eu não acho que deveria haver uma barreira entre o fotojornalista e o fotógrafo documental. Realmente eles são a mesma coisa, talvez com intenção e um publico um pouco diferente.

Comecei minha carreira trabalhando como fotojornalista em um grande jornal. Saí do trabalho pouco mais de um ano atrás para prosseguir com os meus próprios projetos pessoais e para fazer trabalhos “freelance”. Agora que estou trabalhando principalmente com projetos em longo prazo e com uma tendência mais autoral, acredito que provavelmente eu me encaixe mais na categoria de um artista ou um documentarista

Tento manter a integridade intelectual e a objetividade necessárias para o jornalismo quando eu faço projetos pessoais de longo prazo. A principal diferença é que, agora, estou livre para trabalhar em histórias que não estão nas manchetes e posso ter uma visão mais ampla. Acho que estou realmente tentando fornecer um contexto mais amplo para o meu trabalho.

Na verdade, acredito que aprendi a dar na carreira alguns passos atrás, literal e figurativamente falando. Eu não preciso mais me preocupar com a criação das imagens dramáticas ou aquelas que irão atrair a atenção de um leitor em uma página ocupada. Felizmente, eu também não preciso me preocupar em ilustrar idéias pré-concebidas por um escritor ou um editor. Estou tentando desenvolver um trabalho que é mais sutil e interpretativo.

Entrevista por João Guilherme Peixoto.

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26 de mar. de 2010

"Fio-me mais na câmara fotográfica do que na de vídeo"

Com dados do portal Publico.

"Fio-me mais na câmara fotográfica do que na de vídeo" é frase que não soaria estranha se fosse dita por um fotógrafo profissional. Porém, as palavras são de Pedro Almodóvar. O realizador é um explorador regular da fotografia e, agora, a revista bianual "C Photo" dedicou o seu décimo número, "Making Movies", à relação estética e conceptual desta arte com o cinema. Almodóvar é o convidado especial, e abre o álbum de fotografias.

Não só de filmes e actores tratam as fotografias do autor de "Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos". Almodóvar não teve pudor em revelar a sua intimidade e disponibilizou registos da sua família e das suas obsessões, e auto-retratos, muitos auto-retratos. "Há muito tempo que tiro auto-retratos, só para mim, para ver o passar do tempo, para falar a mim mesmo da solidão. Embora isto soe um pouco egocêntrico, tiro uma fotografia em frente ao espelho em todos os hotéis onde vou. É curioso que o cinema fuja tanto do naturalismo e, no entanto, eu me interesse tanto por fotografia" revelou ao "El País", antes de citar Diane Arbus, Sebastião Salgado, Man Ray ou Cindy Sherman como alguns dos seus fotógrafos predilectos.

Desta relação apaixonada com a fotografia surgiram fotos resultantes de reflexos de pessoas - desde o próprio ao de actrizes como Julia Roberts e Bette Davis - no solo, em paredes, em telas e até em lençóis. "Gosto de fotografar a pele das cidades", destacou também, recordando a época em que fotografava diariamente, desde o mesmo local, a Gran Via em Madrid: "Era uma esquina que me fascinava, o que me fazia fotografá-la várias vezes por dia. Para mim era como ir tomar um café. Algo muito simples mas sempre muito singular".

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25 de mar. de 2010

Arte Plural cria grupos de estudo sobre edição e história da fotografia



Encontros acontecerão partir de abri/10, sob a orientação e coordenação da professora, jornalista e crítica de fotografia Simonetta Persichetti.
As inscrições já estão abertas e devem ser feitas na galeria.

Já estão abertas as inscrições para os Grupos de Estudo de "Edição" e de "História da Fotografia", que terão a orientação da jornalista e crítica de fotografia Simonetta Persichetti, na Arte Plural Galeria. Os encontros serão realizados uma vez por mês, a partir de abril.

O grupo de Edição de Fotografia vai abordar, em aulas práticas e teóricas, formas criativas e eficientes de editar uma imagem. Dentro do programa, o aluno irá aprender técnicas de como criar ritmo de leitura para uma publicação ou portfólio; saber como determinada fotografia pode ser aproveitada por programas de edição ou não; se acostumar com as diversas possibilidades de compreensão de um ensaio e escolher entre um trabalho ilustrativo e outro comunicativo. Os encontros serão nos dias 12 de abril, 10 de maio e 14 de junho, das 19h às 23h.

Já o grupo de História da Fotografia visa a compreender a transformação dos códigos e de visualidade a partir da invenção da foto. Através de vídeos e projeções de imagens, serão estudados os principais movimentos e o surgimento da linguagem fotográfica, além de abordar um pouco da biografia dos principais profissionais na área. Os encontros serão nos dias 9 de agosto, 13 de setembro, 18 de outubro e 8 de novembro, das 19h às 22h.


Os interessados devem correr, pois as vagas são limitadas.

SERVIÇO:
Grupo de Edição de Fotográfica
Datas: 12/04, 10/05 e 14/06 - Horário: 19h às 23h.


Grupo de História da Fotografia
Datas: 09/08, 13/09, 18/10 e 08/11 - Horário: 19h às 22h.

Inscrição
Na Arte Plural Galeria - Rua da Moeda, 140, Bairro do Recife - Recife - PE.
Informações: (81) 3424.4431 - arteplural@artepluralgaleria.com.br
www.artepluralgaleria.com.br

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22 de mar. de 2010

A saudade é arrumar o quarto do filho que já morreu


Foto: Ashley Gilbertson.

Dica do bom blog jornalismo e internet.

No anivesário de sete anos da guerra do Iraque, um ensaio documental diferenciado. Ashley Gilbertson preparou um material onde o roteiro foi visitar os quartos dos soldados mortos no Iraque e Afeganistão. Ele não mostra a guerra e sim as consequências dela. Já são cinco mil soldados mortos nestes dois conflitos que, nem de longe, nem de perto, dão sinais de acabar.

Muito triste.

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19 de mar. de 2010

Clip da Samsung ensinando o auto-retrato!

Muito bom!

Prova que dá pra fazer publicidade de camera, no caso as ST 550 e TL225, com inteligência.

A sacada é que essas câmeras tem um visor na frente do corpo que, no caso, faria toda a diferença!



Dica do Clicio, by twitter.

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17 de mar. de 2010

Portfólio de fotos subaquáticas. Imperdível.


Foto: David Doubilet.

Já escrevemos sobre o David Doubilet aqui no AutoFoco. O cara é uma espécie de Robert Capa do mundo submarino. Para conferir um breve portfólio é só clicar aqui e ver que a comparação não é uma exagero.

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15 de mar. de 2010

Miséria do jornalismo: Jornal A Tarde, de Salvador, quer que jornalista abra mão do direito autoral e de sua própria imagem

A fonte é o sinjorba (sindicato dos jornalistas da Bahia). O exemplo é péssimo, mas serve para se antenar e não deixar essa tendência "pegar".

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O jornal A TARDE entregou de forma individual aos jornalistas (fotojornalistas também) que prestam serviços a empresa um contrato individual, personalizado, através do qual o profissional abre mão do seu direito sobre a produção autoral e até sobre o direito de sua própria imagem.

O jornal chamou os profissionais em reunião e propôs mudança no critério de pagamento dos conteúdos integrados. Quando veio o resultado, verificou-se se tratar de um acordo do tipo guilhotina e pescoço que retira direitos dos profissionais.

Reunida hoje pela manhã e após ouvir os colegas de A TARDE na última quarta, a diretoria do Sinjorba decidiu algumas ações para impedir que o jornal vá à frente nessa iniciativa.

Manter a orientação aos colegas para não assinar o documento;
Pedir reunião com a empresa;
Solicitar mediação à SRTE (antiga DRT);
Denunciar o fato a APIJOR (já feito);
Procurar o Ministério Público do Trabalho, caso não haja recuo da empresa.

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14 de mar. de 2010

Um bom link para fotojornalismo



Essa é sob medida para quem pesquisa, acompanha, tem curiosidade sobre fotojornalismo.

Uma lista de links, atualizada diariamente, com novidades sobre o assunto: photojournalismlinks.

Vale conferir, navegar e derivar.

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Shooting War: fotojornalismo de guerra


Foto: Bagdad, por Stephanie Sinclair.

Para quem acompanha o fotojornalismo, vai aqui a dica do blog, jornalismo e internet.

Uma galeria de imagens fortes, mostrando o caos da guerra e como as pessoas lidam com isso no dia-a-dia, mesmo no cenário de conflitos. A galeria vem com o contexto de cada cena/foto.

Vale conferir.

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Peter Tunley e a borda do carnaval


Foto: Peter Tunley.

Em fevereiro escrevemos sobre o workshop que o fotógrafo Peter Tunley ofereceria durante o carnaval, no Rio de Janeiro.

O resultado pode ser visto aqui. A opção de Tunley foi ficar na franja, na beira, captar o entorno, a sobra do carnaval. É uma boa dica, vale conferir o resultado do projeto do fotógrafo. No link tem fotos de 2010 e de anos anteriores.

Dica enviada pelo Guido Cavalcante.

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11 de mar. de 2010

Uma camera para grandes fotos!

A brincadeira me parece ótima. Só não dá para ter uma dessas em casa...



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10 de mar. de 2010

Tribunal francês obriga agências a reconhecerem direitos de autor de fotojornalistas

Dados da Redação Portal IMPRENSA

Contrariando o interesse de agências como France Presse e Reuters, o Tribunal de Recurso de Paris, na França, considerou que os fotojornalistas têm podem defender seus direitos de autor.

Segundo o Sindicato dos Jornalistas de Portugal, as agências fotográficas integrantes da Federação Francesa das Agências de Imprensa e o Sindicato das Agências Fotográficas de Informação e de Reportagens negavam o direito.

As empresas alegavam que os repórteres fotográficos assalariados eram proprietários dos fundos fotográficos e diziam não ser "prática das agências de imprensa, as que cobrem a atualidade, considerar como obras autorais as fotografias de reportagem".

Como argumento, elas afirmavam que "a autonomia inerente à atividade criadora é frequentemente inexistente; com efeito, é o fato de estar no local certo no momento oportuno que caracteriza, geralmente, a reportagem de atualidade".

No entanto, o tribunal rejeitou o argumento, por entender que os fotojornalistas "não têm que provar a originalidade das suas obras". Os juízes consideraram também que, independentemente de se tratar de um acontecimento esportivo, político ou cultural, as imagens captadas são marcadas pelo olhar do fotógrafo.


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9 de mar. de 2010

A verdade por trás: a venda dos arquivos da Magnum para a Dell


Foto do René Burri, São Paulo, dos anos 1960, com as anotações no verso.

A dica é do Amigo Paulo Munhoz, fotógrafo e professor, baseado em Salvador, via twitter.

No começo de fevereiro deste ano o mundo da fotografia foi sacudido pela notícia de venda de parte do acervo de fotos da agência Magnum para a Dell computers, que, por sua vez, cedeu o direito de uso e arquivamento a Universidade do Texas, em Austin.

Pois bem, depois de muita especulação, vale conferir o texto de Pete Brook publicado na RAW file, a coluna de fotografia da revista Wired, a bíblia do mundo digital. A matéria é bem completa e cheia de detalhes sobre a transação que, estima-se, girou em torno de 100 milhões de dólares.

Dentro das hipóteses levantadas por Brook, três são bastante plausíveis.

1 - A Magnum nunca foi um primor de saúde financeira. O valor repassado seria destinado ao pagamento de pendências. A agência teria assistido atentamente o debacle da Gamma, que entrou numa espiral descendente até fechar as portas por estar infestada de dívidas.

2 - Parte iria para o financiamento das novas estratégias de produção e circulação do conteúdo da agência. Reforçando, por exemplo, o Magnum in Motion.

3 - Por fim, a agência economizaria recursos de arquivamento e manutenção adequada. Algo nada barato de se fazer, tratando-se, no caso, de 185.000 imagens. Ao depositar o acervo numa biblioteca reconhecida internacionalmente, se garante a integridade do acervo.

Vale conferir o texto e aprender um pouco sobre os bastidores do mercado de fotografia.

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8 de mar. de 2010

Revista Brasileiros dá destaque a expo: Pernambuco convida São Paulo, realizada pela Arte Plural Galeria.


Foto: Fernanda Prado.

Saiu no site da revista Brasileiros.

A exposição que abre o ano de trabalhos da Arte Plural Galeria, ganhou destaque no site da revista brasileiros. O texto, intitulado "Pernambuco convida fotógrafos de São Paulo para exposição" é bem esclarecedor da proposta da galeria. De quebra, traz um pequeno slideshow.

A propósito: a expo abre amanhã, para convidados e fica até o dia 25 de abril.

>> Atualização 21:20h <<

Já está no blog tramafotográfica, de Simonetta Persichetti, curadora da mostra, um preview das fotos, já montadas em forma de exposição.

Serviço:
PERNAMBUCO CONVIDA
Quando: de 9 de março até 25 de abril
De terça a sexta-feira, das 13h às 19h. Sábado e domingo, das 16h às 20h
Onde: Galeria Arte Plural
Rua da Moeda, 140, Recife Antigo - Recife (PE)
Informações: (81) 3424-4431
Site: www.artepluralgaleria.com.br

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Ruínas modernas, lugares abandonados.



A dica veio do amigo Marcos Palacios, que alimenta o blog Jornalismo na Internet.

O link é do the coolist. Em breves termos: uma coleção de fotos de ruínas modernas, contemporâneas, estranhíssimas e de meter medo.

A da foto acima são ruínas dos fortes maritmos, construídos na segunda guerra pela marinha britânica para defender contra os ataques do eixo. Hoje, repousam em silêncio, metros acima do mar do norte.

Ficaram devendo os créditos dos fotógrafos... lamentável!

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7 de mar. de 2010

Originais do sampler: De Loretta Lux à Larisa Kulik


Foto: foto? > Larisa Kulik.

Não basta uma Loretta Lux, ainda aparece Larisa Kulik. Vale ver! O visual, a composição, a trama alegórica e os truques de referência às artes plásticas e à própria história da fotografia são muito bem executados.

Serve para alimentar o falso problema e os argumentos-clichês em torno de se fotografia é arte, se a foto é um chassi para experimentos, se está sendo vampirizada pelas artes plásticas , etc, etc.

Mas serve também para perceber caminhos "por onde" e "para" a fotografia se estabelecer em novas frentes. Minha grande dúvida em relação a esse tipo de trabalho é se, daqui a alguns anos, não estaremos nos referindo a essas imagens como algo datado, que foi produzido dentro de um eixo tecnológico, fotográfico e cultural específicos.

Estamos vendo nascer o gênero "fotografia-sampler"?

A história da fotografia está cheia dessas aberturas de precedentes. Poucas ficam como referência. Para além do "se é bom ou não", só não aceito ver isso como experimento. É tudo, absolutamente tudo, muito cauculado, meticuloso e premeditado.

P.S. "Originais do Sampler" é uma iniciativa de criação de música que existe em Recife.

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5 de mar. de 2010

Bolsa da Fundação Magnum para fotógrafo emergente abre edital

Desde 2008, a Fundação Magnum, criada pelos integrantes da agência Magnum Photos, concede, por meio do Emerging Photographer Grant, um financiamento para que um fotógrafo emergente dê continuidade a um projeto pessoal que esteja em andamento, seja em uma linha artística ou fotojornalística.

Este ano, o Emerging Photographer Grant entregará ao melhor classificado o montante de 15 mil dólares. As inscrições podem ser feitas neste endereço, até o dia 15 de abril. O vencedor será anunciado em junho.

Sean Gallagher foi o primeiro a receber o Emerging Photographer Grant, em 2008, pelo ensaio sobre o processo de desertificação na China. Em 2009, a série de Alejandro Chaskielburg, feita no Rio Paraná, foi a agraciada. Martin Parr, Gilles Peress, Eugene Richards, Carol Nagar, Fred Ritchin, Maggie Steber, David Griffin, John Gossage e James Nachtwey integraram o júri da última edição.

Ainda não foram divulgados os nomes do jurados do Emerging Photographer Grant 2010.

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Fotógrafa francesa Sophie Calle ganha prêmio da fundação Hasselblad e 100.000 euros na conta...

A fotógrafa Sophie Calle foi selecionada como vencedora do trigésimo prêmio hasselblad, concedido pela Hasselblad Foundation International Award in Photography.

Na declaração da fundação, se alega que por mais de 30 anos a artista tem questionado e desafiado a relação entre texto e fotografia, personas públicas e privadas, verdade e ficção, em um limite e originalidade únicos.

A premiação é de peso. Basta dar uma olhada nos vencedores anteriores: Malick Sidibé, William Eggleston, Robert Frank, Susan Meiselas, Richard Avedon, Sebastião Salgado e Ansel Adams entre outros.

Fonte: British journal of photography.

Dica enviada pelo Guido Cavalcante.

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4 de mar. de 2010

Cor é Holi


Foto: AP Photo/Manish Swarup.

O festival de Holi, acontece em várias cidades da Índia. É daquelas coisas com que reaprendemos a ver em cores.

Um presente do Big Picture.

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3 de mar. de 2010

Pediram o RAW... e o ucraniano Stepan Rudik bailou...


Foto/photoshop: Stepan Rudik.


Circulou hoje e causou um pequeno sismo no mundo do fotojornalismo. O World Press Photo "despremiou", se é que essa palavra existe, o ucraniano Stepan Rudik, da edição 2010 do WPP. O fotógrafo tinha conquistado o terceiro lugar na categoria "Sports Features" com a série de fotografias intitulada “Street fighting”.

O júri tinha suspeitado que o fotógrafo tinha alterado elementos no material sa série. Então, pediu os arquivos RAW (arquivos brutos, do modo com são captados pela câmera) e constatou que Rudik manipulou uma das fotografias.

Rudik caiu em desgraça por mexer em algo canônico dentro do World Press Photo, onde apenas são permitidos retoques, ajustes ligeiros na imagem, e não alterações profundas. Numa tacada só: não fará parte do catálogo anual nem da exposição itinerante e já foi retirada do site oficial do concurso.

Geralmente, o combinado sai barato.

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Lie down, heads up, stop smiling! É Spencer Tunick com 5200 peladões em Sydney


5.200 tiram a roupa para Tunick.

A dica veio do amigo Marcos Palácios, do Blog Jornalismo e Internet.

- Deitados, cabeças pra cima, parem de sorrir!

É o mote de partida para mais uma das instalações fotográficas do polêmico fotógrafo, Spencer Tunick.

Dessa vez, foi na escadaria da ópera de Sydney, na Austrália. Tunnick agregou 5.200 pessoas nas primeiras horas da segunda-feira, 1 de março.

A producão levou três meses no total para viabilizar o click. É o recorde do próprio fotógrafo. Vale ver o vídeo, disponibilizado no Guardian. As imagens do making of das fotos tem uma dimensão desconcertante, com Tunick dirigindo a multidão despida.

O Guardian ainda disponibiliza uma galeria com outras fotos de Tunick.

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2 de mar. de 2010

AGENDA RECIFE: Arte Plural abre programação para 2010 com exposição Pernambuco convida



A Arte Plural Galeria, já tradicional reduto da fotografia em Recife, retoma a sua agenda de eventos para 2010 com a exposição Pernambuco Convida.

Trata-se de uma expo coletiva, em formato similar a um intercâmbio entre estados , no caso, Pernambuco e São Paulo, envolvendo fotógrafos destes cenários. Representando Pernambuco, teremos trabalhos de Alexandre - Olha,vê - Belém, Cláudia Jacobovitz, Mariana Guerra, Mateus Sá e Teresa Maia. Do lado paulista constam: Celisa Beraldo, Fernanda Prado, Marcello Vitorino, Paula Cinquetti, Gabriel Boeiras e Luciana Cattani.

A abertura da exposição será na terça-feira, dia 9, as 19:00 horas, para convidados, e estará aberta ao público em geral a partir da 4a. feira, dia 10, ficando até o dia 25 de abril. A curadoria é da Jornalista e crítica de fotografia Simonetta Persichetti.

A Arte Plural fica na Rua da Moeda, 140. No Recife Antigo.
informações > www.artepluralgaleria.com.br

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1 de mar. de 2010

AGENDA RECIFE: Exposição “Quilombolas - Tradições e Cultura da Resistência”


Foto: André Cypriano.

“Quilombolas - Tradições e Cultura da Resistência”

Chega ao Recife, depois de passar por 15 cidades, a exposição “Quilombolas - Tradições e Cultura da Resistência”. A abertura é amanhã, dia 2 de março, no Centro Cultural Correios, a partir das 19h.

Quilombolas... é o resultado do registro fotográfico realizado pelo fotógrafo documentarista André Cypriano em 11 comunidades remanescentes dos quilombos. Todo material é em preto-e-branco.

A exposição é composta por 27 fotografias em preto-e-branco, no formato 50 cm x 75 cm; sete fotografias panorâmicas, no formato 40 cm x 110 cm, seis fotografias em preto-e-branco 30 x 40 cm, dois mapas, cinco painéis de textos e legendas.

A curadoria da exposição é de Denise Carvalho, produtora cultural e diretora da Aori Produções Culturais, empresa realizadora do projeto. O material original faz parte do livro Quilombolas - Tradições e cultura da resistência, com fotografias de André Cypriano e pesquisa de Rafael Sanzio Araújo dos Anjos.

A visitação estará aberta até o dia 18 de abril, de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h. Aos sábados e domingos, das 12h às 18h.

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